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10 de setembro de 2012

Matéria no Jornal Notícias do Dia, de Joinville

Neste final de semana saiu uma matéria no jornal Notícias do Dia, de Joinville/SC, sobre fabricantes de instrumentos musicais e nós, juntos com Polvani (luthier de Joinville) e Gadotti (luthier de São Bento do Sul), tivemos o prazer de ter um pouco do nosso trabalho levado ao público do Norte Catarinense.

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Abaixo segue, na íntegra, a entrevista que deu origem à matéria sobre a Bruschi Amps. Para ler a reportagem acesse o site do jornal ou carregue o PDF no nosso site.

Agradecemos muito ao Rodrigo Schwartz, do JND, pela oportunidade e pelo respeito na elaboração da matéria.

Grande abraço a todos!

Blumenau/joinville - 6 de setembro de 2012
 

RODRIGO SCHWARTZ: Quando começou seu interesse por amplificadores?

EDSON BRUSQUE: Eu comecei a estudar música com 8 anos e aos 12 fiz um curso de eletrônica por correspondência. Desde então música e eletrônica têm andado juntas.

Em 2006 - após ter passado por várias bandas e ter desenvolvido vários produtos na área de iluminação etc - eu comecei a estudar audio e, mais especificamente, válvulas. A intenção era finalmente entender o que as válvulas tinham de tão legal para continuarem a ser utilizadas na aplicação específica de amplificadores para guitarra.

RODRIGO SCHWARTZ: Com tantos avanços tecnológicos, por que o som dos amplificadores valvulados continua imbatível?

EDSON BRUSQUE: O "imbatível" é discutível pois vários fabricantes já fazem amplificadores ótimos sem válvulas. Inclusive nós temos alguns projetos nessa linha.

Há algumas características (ou, vendo de outra forma, defeitos) dos clássicos circuitos valvulados que adicionam certa sujeira (distorção) ao sinal original. Em contrapartida os circuitos precisos que comumente são feitos com eletrônica de estado sólido (transístores) preservam melhor o sinal original do instrumento.

Os guitarristas costumam pensar que os valvulados são fiéis e os transistorizados estragam o som do instrumento mas é exatamente o contrário. A questão é que justamente aquela sujeira do circuito valvulado deixa o timbre do instrumento mais interessante.

Uma outra questão é que um circuito valvulado costuma ir aumentando gradativamente a quantidade de distorção conforme vai se aproximando do seu limite de amplificação. Um transistorizado, em contrapartida, é bem linear (limpo) até chegar no limite e então passa a distorcer de forma abrupta, agressiva, não natural.

Há maneiras de fazer um circuito transistorizado que não seja tão limpo e que distorça gradativamente mas não é algo simples e costuma ser ignorado pela maioria dos fabricantes. Se você fizer uma análise técnica do circuito de um amplificador não-valvulado de uma determinada marca, há uma chance enorme de que ele se comporte exatamente como eu comentei.

Nós, por outro lado, temos dedicado um bom tempo de pesquisa e desenvolvimento a este assunto. Talvez logo teremos um transistorizado digno do nome Bruschi.

RODRIGO SCHWARTZ: Seu amplificador ganhou nota máxima na revista Guitar Player. Como foi a repercussão disso?

EDSON BRUSQUE: Foi excelente. A matéria na revista não só tornou a marca mais conhecida como mostrou que estamos empenhados em colocar no mercado produtos com qualidade impecável.

Isto é muito importante pois trabalhamos com venda direta e os clientes não tem a possibilidade de testar os equipamentos em uma loja. Normalmente quem compra um amplificador Bruschi nos faz uma visita, testa o do amigo ou confia na indicação de quem já conhece. Ter o aval da mais importante revista sobre instrumentos no mundo é muito significativo para a nossa credibilidade.

RODRIGO SCHWARTZ: É difícil obter no Brasil os componentes para a fabricação dos amplificadores?

EDSON BRUSQUE: Alguns ítems são difíceis ou mesmo impossíveis de se conseguir por aqui por isso nós importamos alto-falantes dos EUA, válvulas da Eslováquia, soquetes da Coréia do Sul etc. Há toda uma logística de compra e estoque para que possamos entregar os pedidos sem atrasos e nossos produtos não fiquem excessivamente caros.

Além disso procuramos favorecer os bons fornecedores locais. Por isso gabinetes, capas e transformadores são feitos aqui em Blumenau. Chassis vêm de Itajaí, placas de Nova Trento etc. Tudo com desenho e especificação nossos e contínuo controle de qualidade junto aos fornecedores.

RODRIGO SCHWARTZ: Nos Estados Unidos e Inglaterra há fabricantes com décadas de tradição, como Marshall, Fender e Mesa Boogie. Como um fabricante brasileiro pode fazer frente a toda essa tradição?

EDSON BRUSQUE: O nosso posicionamento é produção limitada com qualidade muito alta. Produzimos o tipo de equipamento que você não vai encontrar em qualquer esquina e que lhe dê prazer em usar e exibí-lo.

Atualmente nós temos 100% de satisfação dos clientes e pretendemos manter esta marca. Mais do que números favoráveis de faturamento, *isto* é o que nos impulsiona a continuar no mercado.

RODRIGO SCHWARTZ: Qual é o artista que tinha o seu timbre preferido de guitarra (claro, isso leva em consideração guitarra, pedais, amplificador, estúdio...)?

EDSON BRUSQUE: É muito complicado citar um único. Creio que os timbres difíceis de reproduzir são os que mais me impressionam. David Evans (U2), Joe Satriani e Robert Smith (The Cure) são 3 exemplos de guitarristas, de variados níveis técnicos, que ainda hoje me mantêm bastante ocupado.

 

 

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